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quarta-feira, outubro 15, 2008
Uma crónica semanal assinada por dois tipos que gostam de comics

Luís: Esta semana, vamos partir do principio de que quem ler esta coluna já fez o trabalho de casa, ou seja, já viu este vídeo. Ou pelo menos este.
A questão que se apresenta, portanto, é: Qual dos dois tem razão? Não obstante a máxima de que a verdade está algures no meio, presumamos que um deles tem mais razão que o outro.
O Robert Kirkman defende que os criadores de BD devem abandonar as Grandes Empresas e concentrar-se em material próprio, a bem não só da carteira dos criadores, como da própria industria dos comics.
Já o Bendis argumenta que se um criador quer ganhar a vida de forma confortável, e presumindo que tem alguma paixão pelas propriedades das Grandes, o criador deve investir no trabalho para as Grandes, deixando o seu próprio material para tempos livres, até porque não se ganha tanto como isso, e que a industria está bem muito obrigado.
Quem está mais próximo de ter razão? E porquê?

Jorge: Porque não fazer as duas coisas?
Um título de uma grande companhia e outro título completamente independente de grandes companhias.
O Kirkman chamou a atenção pelos trabalhos que fez na Marvel ou será que se ele não tivesse feito um "Marvel Zombies" teria o mesmo sucesso com o "Walking Dead"? Isto sem pensarmos no factor qualidade, apenas colocando as coisas em termo de destaque.
Não tem mal nenhum escrever personagens cujos direitos estão numa editora grande, os escritores deviam apenas se preocupar com a qualidade do que escrevem. Olha o exemplo do Grant Morrison, escreve bem, escreve de forma diferente e dentro de uma companhia grande.

Luís: Pois! Boa ideia! Ok, pronto, por esta semana já está...
Calma, estou no gozo.
Não fizeste o teu trabalho de casa, pelos vistos. Se tivesses feito, terias visto o Kirkman a apresentar números que supostamente provam que o trabalho dele na Marvel não afectou as vendas dos comics independentes dele. Eu também não acredito, mas que ele os apresentou, apresentou.
Opá, eu vou por uma solução ainda mais simples: paixão.
A industria dos comics é uma industria, certamente, mas acho que é pequena o suficiente para só dever suportar quem está nela por paixão pelo meio. Tarefeiros que queiram só o cheque no fim do mês, prefiro que vão bater a outra porta.
(É por isso, aliás, que não me importo nada quando aparece um novo argumentista de cinema ou tv a tentar comics. Pelo dinheiro não é de certeza, por isso independentemente do resultado final, respeito a paixão que está por trás.)
E se o padrão é a paixão, caramba, porque raio é que se a há-de limitar? Independente? Corporativo? Que interessa?? Deixem os autores fazer aquilo que realmente gostam (no caso das Grandes os autores são escolhidos, ok, e têm mesmo que ser, mas tu percebeste a ideia). Um caso cabal disso é o Geoff Johns, que é dos melhores argumentistas da actualidade, e que já por várias vezes assumiu publicamente que não está minimamente interessado em criar propriedades suas, porque o que realmente o fascina é o universo DC, e em menor escala, o da Marvel. É isso que o homem quer fazer com a vida dele. Quem é o Kirkman para dizer que ele faz mal?
E mesmo os outros argumentistas importantes tendem a alternar entre uma coisa e outra, se é que não fazem simultaneamente. Não me ocorre mais nenhum argumentista de topo que não tenha nenhum comic que lhe pertença, por exemplo. Uns têm mais, outros têm menos. Mas acho que todos têm.
Portanto, acho que temos a resposta a essa pergunta.
Por outro lado, surgem-me outras.
Não sei se a industria está tão bem como o Bendis diz, mas para citar o Grant Morrison, "a industria dos comics está aqui desde antes de eu nascer, e de uma maneira ou de outra, estará depois de eu morrer, não precisa de ninguém que a salve". E eu concordo com isto.
Mas e se o apelo do Kirkman funcionasse?
O facto é que grande parte do apelo das Grandes, hoje em dia, está apoiado nos nomes dos autores. E se realmente, de repente, todos eles fizessem só comics próprios? Mesmo presumindo que eles iriam para independentes já existentes, e não criariam uma nova Image. Que achas que isto faria à industria? Seria bom ou mau?

Jorge: Por partes...

  1. Só comecei a ler o "Walking Dead" e o "Invincible" porque conheci o trabalho do Kirkman na Marvel.
  2. Também acredito que é a paixão pelas grandes personagens que leva os grandes escritores a permanecerem nas grandes empresas. Até eu gostava de pegar numa ou outra personagem.
  3. Para quê as pessoas limitarem-se? Também tenho ideias próprias que gostava de desenvolver num formato de bd, não impede o que disse no ponto 2.
  4. Qual é o mercado que precisa ser salvo? E se precisasse seria o Kirkman algum bom exemplo? Com aquela mistura super-homem/homem-aranha ou com zombies?
  5. Bem as Grandes sobrevivem com o apelo das personagens, a meu ver. Por isso é que X-men continua a vender, por exemplo. Iam continuar mesmo sem os grandes escritores (ou depois chegariam outros grandes escritores).
  6. Se os grandes escritores começassem todos a escrever coisas independentes iam dividir completamente o mercado (se bem que o mercado norte americano é enorme). Seria bom em termos de variedade de comics, mas acho que não seria rentável nem positivo para a indústria.
Luís: Acho que ele, quando falava em salvar a industria, não era em fazê-lo pessoalmente, mas sim fazê-lo através de um êxodo dos criadores mais famosos para propriedades próprias. Uma questão que fica no ar, porque já não vai dar para abordar aqui, é o que aconteceria realmente à industria se o tal êxodo acontecesse. Mas lá está, desta vez já não dá para abordarmos isso.
Qualquer dos casos, concordo contigo em quase tudo. Temos que ver se arranjamos uns temas em que discordêmos...
saí­do da mente de Luís F. Alves às 12:11 da manhã
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2 Comentários:
"Uma questão que fica no ar, porque já não vai dar para abordar aqui, é o que aconteceria realmente à industria se o tal êxodo acontecesse. Mas lá está, desta vez já não dá para abordarmos isso."

Voltamos a decada de 90 so que desta vez o problema não era o desenhos das majores de quamdo a image foi criada,era nos argumentos feitos apenas por tapa buracos era o fim da picada.
A ideia do Kirkman é essa,ja agora o que que impede a image de renovar o mercado,ou só lhes interessa os lucros obtidos com os leitores "rapinados" as majores,porque sem grandes nomes quer no desenhoou arte ate elas definham.
E parte dom mercado iria para a Image sen fazer muito esforço. :(

Saí­do da mente de Anonymous Anónimo, às 6:13 da tarde

 
A Image neste momento está a redefinir-se como uma boutique de material creator-owned. Sem dúvida que com o tal êxito, eram capazes de dominar a indústria. Por outro lado, é possível que nem todos os autores fossem para lá. O Warren Ellis praticamente mora na Avatar neste momento, por exemplo. Não estaria fora de questão uma dispersão maior.
Quanto aos tapa-buracos, talvez. Por outro lado, penso que teríamos um influxo de montes de novos argumentistas, pessoal novo que ganharia hipótese de aprender a profissão de forma hands-on, e pessoal de outras áreas da escrita que seria atraído pela oportunidade de trabalhar nos seus personagens favoritos (coisa que já acontece agora, mas aqui seria em maior escala).
Isso é bom ou mau para a indústria? Não sei. Por um lado, tirando do topo as Grandes, a indústria leva um abanão enorme a curto prazo. Por outro, agrada-me a transformação delas em escolas de comics...

Saí­do da mente de Blogger Luís F. Alves, às 7:18 da tarde

 

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